Nosso sócio de Direito Bancário e Financeiro e Mercado de Capitais, António Aires, concedeu entrevista à revista Pequenas Empresas & Grande Negócios para abordar os esquemas de pirâmides financeiras, trazidos à tona pelo caso da 123milhas. As pirâmides financeiras são uma estrutura fraudulenta em que os participantes são induzidos a fazer um investimento em um determinado produto ou serviço, sem receber nenhum dos benefícios prometidos em troca.
Para Aires, os principais alvos desse esquema tendem a ser pessoas que desconhecem o funcionamento do mercado financeiro e de capitais, portanto não percebem os sinais de ilegalidade até o sistema acabar por falta de investidores.
“No começo, tudo funciona muito bem, pois, com esses retornos, muitas pessoas investem, permitindo que o fraudador pague os retornos prometidos para os primeiros investidores”, explicou ele à revista. “Até que os investidores começam a resgatar o dinheiro em um ritmo e volume maior do que a entrada e, nesse momento, o esquema de pirâmide desaba.”
A reportagem da Pequenas Empresas & Grandes Negócios também trata da CPI das Pirâmides Financeiras, que pretende convocar os donos da 123milhas para uma sabatina com os parlamentares do grupo.
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