A partir de 1º de janeiro de 2019, a China planeja retirar tarifas de importação sobre mais de 700 produtos, como parte de um esforço para abrir mais a economia e e baixar os custos para empresas e consumidores do país. Também haverá cortes de algumas taxas de exportação, disse o Ministério das Finanças num comunicado.

Um ponto importante da medida é o corte de taxas de importação sobre alimentos alternativos à soja para ração animal – que incluem farelos de sementes de canola, algodão, girassol e palmeira –, numa tentativa de garantir o suprimento de matérias-primas em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos e incentivar as exportações. A China adquire soja para transformá-la em alimento para ração animal e em óleo de cozinha. O país possui, por exemplo, o maior rebanho de porcos do mundo.

A guerra comercial da China com os EUA tem agitado o mercado global de soja depois que os chineses praticamente interromperam a importação de soja dos EUA em seguida à imposição de uma tarifa adicional de 25%, em julho.

Embora a China tenha retomado algumas encomendas de soja dos EUA, as tarifas sobre o grão continuam vigentes, e a retirada das taxas sobre alimentos alternativos pode ajudar a garantir o suprimento de ração animal para a China, dizem analistas.

— Isso é basicamente se preparar para dias mais difíceis, na medida em que as compras de soja dos EUA ainda não começaram e até agora somente as firmas estatais têm comprado — explica Monica Tu, analista da Shangai JC Intelligence. — Embora o volume das importações de alimentos alternativos ainda não seja significativo, eles podem substituir a soja. (A retirada das tarifas) consiste basicamente em oferecer alternativas ao consumidor final.

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